domingo, 3 de abril de 2011

PASSADO

Artigo que escrevi em 1998 no Periódico local Chamado JORNAL BANDEIRANTE:
"Nada se cria, tudo se copia...É muito mais verdade do que mentira, a frase, mesmo porque estamos falando de TURISMO,uma disciplina verdadeiramente em moda nos tempos da globalização.Por ser uma disciplina e não uma ciência exata, o conceito de turismo, já passou por inúmeras definições, desde os meados do século XIX. A própria etimologia da palavra, originária DO FRANCÊS "TOUR" = volta, rodeio, giro, etc, e daí o TOURISME = praticar uma volta, um circuito, um giro, etc, já é um exemplo do conceito da palavra, propriamente dito.
O século XIX é citado, porque foi quando o turismo começou a ser efetivamente organizado, porém no século XVIII, surgiu, na Europa, é claro, um movimento turístico de verão com destino às montanhas, especialmente aos Alpes Suiços. Essa modalidade recebe o nome de paisagismo e provoca, já em 1828, a chegada de 50.000 turistas estrangeiros a Genebra, na Suiça...
Imaginem vocês, 170 anos atrás, São Sebastião já tinha 192 anos e passava por uma boa fase econômica, onde as fazendas de café, cana de açucar, proporcionavam um alto nível aos moradores. Consta-se nos anais da história do município, até o final do século XVIII, uma grande prosperidade, e negócios de até 18 contos de réis eram efetuados, as maiores propriedades valiam de 6 a 10 contos de réis, uma fortuna na época.
Porém, já naquele tempo, a política empacava a vida dos sebastianenses, pois segundo consta, o Padre Dória, deputado pelo partido Libertador, que lutava por uma ligação viária com o planalto, foi prejudicado pelos seus adversários políticos que lograram impedir as obras, que só foram efetivadas via Vale do Paraíba em 1932, pelos valorosos soldados do Batalhão de Sapadores da Força Pública do Estado de São Paulo...E por aí vai, caros leitores, a história do município continua e também os empecilhos.
Vamos divagar e visualizar, já naqueles anos, uma mentalidade como a "revolucionista industrial" , copiada dos moldes europeus, seríamos hoje tão críticos? Estaríamos nessa "morte" econômica? Neste irreconhecimento turístico nacional e internacional? Quem sabe?...
Por Péppe de Paula


Trecho Extraído do Jornal Bandeirante 4ª Fase nº 341 4 a 8 setembro 1998

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